sábado, 26 de julho de 2014

DIA MUNDIAL DO TEATRO

(demorou mas saiu rs)
DIA MUNDIAL DO TEATRO


EM ARIQUEMES É ASSIM!!!
 A CIA DE TEATRO 
O PALCO'S, COM PAIXÃO FAZENDO O QUE GOSTA!

DIA 29 DE MARÇO OFICINA DE CIRCO COM PALHAÇO SORRISO AMAZONIA


flexibilidade

participantes da oficina de circo, com Sorriso amazonia

Firmenetto Mendes presidente SATED Rondonia.


Bicalho marmota

sorriso amazonia


NUM CANTINHO DO NORTE HÁ COMEDIA DELLARTE



CIA O PALCO'S EM CUIABA-MT
(MARI SANTOS, LEI MACEDO, LILIANE ALMEIDA)

É SÓ MAIS UMA HISTORIA DE AMOR COMO QUALQUER OUTRA, IZZABELE AMA PANTALONE QUE AMA COLOMBINA QUE NÃO AMA NINGUEM... A DIFERENÇA SÃO AS TRAPAÇAS E A DIVERSÃO!
IZZABELE E COLOMBINA

COLOMBINA, PANTALONE, IZZABELE, É COMEDIA DELLARTE

A HISTORIA DO BOTO COM A IARA

NESSA HISTORIA NÃO TEM FAZ DE CONTA, É VERDADE VERDADEIRA.


FAREI VERSOS A LUZ DA LUA PRA TE ENCANTAR MORENA...

TEM SOM NÃO MOÇO... E TEMOS UM HOMEM FORTE COMO UMA SUCURI PRA NOS PROTEGER...

EITA MULHER PERDIDA NA GULODIÇA

SOU O QUISER QUE EU SEJA, UM BOTO SEDUTOR E APAIXONADO...

BOTO? COBRA GRANDE? 


OS AMORES SAO TODOS AMAVEIS



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Um pouco de utopia... pra queimar as brasas.



O jeito é esperar mais 2000 anos!!!
Eis o texto de Eduardo Galeano escrito em 1940... e o sonho segue com os que sonham!
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Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.

Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede. Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.

Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.

O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.

O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV. A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.

Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.

Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.

Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.

Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.

Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.

Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.

O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.

Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.

Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua. Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.

A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.

A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.

Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.

Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.

Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.

A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro.

A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte". Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.



Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=207096#ixzz2yuNLq3hD

segunda-feira, 24 de março de 2014

É DELL'ARTE...


há coisa mais linda que cores, dramatização e fantasia?
sem duvidas não, a Cia de teatro O palco'S encontrou na estetica da comédia Dell'arte seu jeitinho de teatrar, com muito humor, criatividade e cores vibrantes, textos que diverte e faz pensar, acredite num cantinho do norte há comedia Dell'arte.

um pouquinho de Dell'arte pra voces:
 A comedia Dell'arte surgiu no século XV, e configura-se num fazer improvisado de teatro, com apresentações feitas em praças publicas, ruas, seria o que chamamos hoje de intervenção urbana, digamos que essa comédia não é apenas pra fazer rir, mas provoca reflexão, e uma experiencia de vivenciar muitas sensações.


alguns dos personagens da commedia Dell'arte, sempre engraçados e caricatos, como o atrapalhado e esperto Arlequino( Arlequim), e o avarento e apaixonado Pantalone, a doce e sonhadora Colombina.




Carta a uma jovem atriz



Bela e jovem atriz,

Digo que você é bela porque todas as atrizes verdadeiras são belas e sei que é jovem porque sinto, por seus e-mails, que é uma menina...

Ainda não vi uma foto sua, mas imagino que Sonia, Hedda, Catarina, Helena, Margarida e tantos outros personagens de Tchekhov, Ibsen, Shakespeare, Machado de Assis, Millôr Fernandes, Roberto Athayde, Miguel Falabella, Manoel Carlos, Aguinaldo Silva, João Emanuel Carneiro e muitos mais devem habitar seu desejo inconsciente de aliar inteligência e dignidade à beleza da forma, de maneira tal que todos os homens, nas platéias e nas telas, se apaixonem por você. E todas as mulheres. E as crianças...

Eu não me achava bonita.

No comecinho da vida, sim, quando meus pais, Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, também atores, comungavam a casa com o teatro e havia ali alguma harmonia.

Você me pergunta se, para ser atriz, é preciso ter o dom no sangue. Bem, no meu caso, fui preparada por meu pai e minha mãe para entrar em cena.

Minha primeira peça foi Medéia, de Eurípides. A companhia se chamava Os Artistas Unidos e era estrelada por uma atriz extraordinária, Henriette Morineau.

Nós todos a chamávamos de madame Morineau e sentíamos por ela uma mistura de amor e medo. Era "uma atriz trágica", assim se dizia. Ela dirigia todos os espetáculos. As atrizes, antigamente, escolhiam o texto, produziam, dirigiam e estrelavam os espetáculos realizados por suas companhias de teatro.

As atrizes, hoje, escolhem o texto, produzem, estrelam, mas não têm vontade ou coragem de dirigir seus espetáculos em suas companhias de teatro; são mais dependentes, hoje, de um diretor, do que no tempo de madame Morineau, de Dulcina de Moraes e de Bibi Ferreira que, desde menina-atriz, era também diretora.

Só algumas se arriscam a dirigir, hoje. Sou uma delas.

Madame Morineau era trágica porque interpretava personagens sérios, mulheres angustiadas, misteriosas, doentes.

Havia uma peça que se chamava O Pecado Original, de Jean Cocteau, na qual ela interpretava uma mulher diabética que espetava a própria coxa com injeções de insulina. Era um personagem que exigia muito esforço físico e, ao final de cada espetáculo, madame Morineau permanecia uns quarenta minutos meio "desmaiada", se recuperando no camarim, antes de se arrumar e receber o público que desejava cumprimentá-la.

Essa atriz "trágica", aos sábados e domingos, às dez da manhã, colocava um nariz postiço, uma peruca preta desgrenhada, e se transformava na bruxa da peça infantil "O Casaco Encantado", de Lúcia Benedetti. Meu pai era o bruxo; minha mãe, a princesinha; e eu, o pajem do Rei.

Depois do espetáculo infantil, almoçávamos e, mais tarde, às vezes, ensaiávamos - e à noite, meus pais, madame Morineau, eu e todo o elenco "recebíamos" nossos personagens trágicos de Medéia, ou nossos personagens extremamente "psicologizados" de Frenesi, de Charles de Peyret-Chappuis, ou conturbados, como os de "O Pecado Original" e do clássico de Tennessee Williams, "Uma Rua Chamada Pecado" - título que madame preferia ao mais conhecido "Um Bonde Chamado Desejo".

Acho que pecado era uma palavra que interessava ao grande público: constava de dois títulos de espetáculos de sucesso da época.

Em "Uma Rua Chamada Pecado", não havia papel de criança. Eu não entrava, mas assistia à encenação todos os dias das coxias, lugar mágico, minha escola de teatro.

Minha mãe, que tem 88 anos, não sabe ao certo se eu tinha quatro ou cinco anos quando estreei em teatro interpretando a filha de Medéia; portanto, pode ter sido em 1947 ou 1948.

Madame Morineau interpretava Medéia. Meu pai, falecido em 1967, era Jasão, marido de Medéia, e minha mãe interpretava "o coro" com outras duas atrizes: Margarida Rey e Antoinette Morineau, filha de madame Morineau.

Quando entrei em cena pela primeira vez, não tinha noção do que fazia, mas fazia direitinho o que me mandavam.

Tenho uma vaga lembrança de minha mãe colocando uma fita de cetim branco ao redor de minha cabeça e me vestindo uma túnica grega, também branca. Eu era um dos dois filhos de Medéia.

Creio que foi meu pai quem me deu as primeiras dicas para entrar em cena, embora a diretora fosse madame Morineau.

Eu tinha que entrar pelas mãos de um ator mineiro chamado João Ceschiatti, ao lado do meu "irmão", o outro filho de Medéia.

Havia uma rampa no fundo do palco e os atores precisavam galgá-la para se tornarem visíveis ao público. Ceschiatti ficava ao centro, e eu e meu "irmão", cada um de um lado. Essa rampa me parecia enorme, mas hoje, pensando sobre isso, imagino que meu ponto de vista de menina aumentava sua extensão.

Meus pais faziam parte dessa companhia de teatro que se apresentava por todo o Brasil com vários espetáculos. As peças das quais eu participava eram "Medeia", "Frenesi" e "O Casaco Encantado".

Acho que a cada semana se apresentava uma delas. Aos sábados e domingos, pela manhã, encenávamos "O Casaco Encantado" e havia algumas peças das quais eu não participava.

Meu pai era 24 anos mais velho do que minha mãe. Por isso, no teatro, ele era sempre marido ou amante de outras, enquanto minha mãe interpretava namorada de outros, ou criadinha sapeca, ou fazia parte do coro de belas.

Essa diferença entre meu pai e minha mãe - ele, sério, meio mal-humorado, e ela, brejeira, jovem, comunicativa - tinha alguma semelhança, em meu universo emocional, com as máscaras da tragédia e da comédia. Talvez por isso, pelo fato de precisar entender e amar duas pessoas tão diametralmente opostas, e porque passei a infância vendo os dois e outros grandes atores se dividindo entre os mais variados gêneros; desde que tive alguma consciência das coisas, acreditei que uma atriz verdadeira pudesse dar conta de todos os tipos de personagens, do trágico ao cômico, do musical à chanchada.
                                                                                                                  Marilia Pera

quarta-feira, 5 de março de 2014

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ARLEQUIM E COLOMBINA




                              Um amor possivel, amor ao trabalho, amor incondicional ao trabalho!